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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Aos 300 anos, Chianti Classico quer ser patrimônio cultural da humanidade


Região localizada na Toscana, Itália, entra na lista dos postulantes da Unesco.

Ao completar 300 anos desde a regulamentação da região italiana de Chianti Classico em 1716, os produtores do célebre vinho são os mais novos integrantes da lista de interessados em alcançar o status de patrimônio mundial cultural da Unesco. Eles seguem os passos de regiões como Barolo, Champagne, Borgonha e St-Emilion.


A área-candidata corresponde exatamente à Denominação de Origem Controlada e Garantida de Chianti Classico, também conhecida como Gallo Nero, graças à logomarca dos vinhos, a de um galinho preto. Descolou-se do genérico Chianti em 1996, ao incluir o sufixo “Clasico” e levar a DOCG.

Para entrar na célebre lista, os produtores têm que provar que são parte de uma paisagem de valor universal excepcional. Se for aprovada, será a 52ª região italiana a ser considerada patrimônio da humanidade – nenhum outro país tem tantas regiões protegidas. Outras regiões italianas que estão na corrida da Unesco são Prosecco e os vinhedos de Nebbiolo em Valtellina.
As regiões que entraram na lista da Unesco mais recentemente foram Borgonha e Champagne, na França, ambas incluídas na seleção em julho deste ano. Outras célebres áreas vinícolas, como o Piorato, na Espanha, estão buscando o reconhecimento da Unesco.

Os critérios de avaliação são claros e públicos, disponíveis no site da Unesco. Eles dizem respeito ao tipo de representação histórica e cultural que cada região oferece. E, uma vez que um lugar entra na lista, é comum que viva um boom turístico – algumas regiões, no entanto, já são extremamente visadas pelos viajantes e até dispensariam mais turistas.

O reconhecimento da Unesco não costuma ter impacto no preço dos vinhos.

Há ainda regiões vinícolas que entram na lista por outras razões que não o vinho – seja arquitetura, beleza da paisagem ou localização, como é o caso do vale do Loire, na França, que faz alguns bons vinhos, mas não está na lista por eles.


Chianti Classico

Para a crítica britânica de vinhos Jancis Robinson, a região de Chianti Classico é uma das mais importantes da Toscana em termos de qualidade e durabilidade de um vinho. “É justo dizer, e essa é uma generalização que raramente pode ser feita em outras partes do mundo, que o Chianti Classico é um dos vinhos mais bem feitos de forma consistente do mundo”, afirma.

A Sangiovese é a espinha dorsal do Chianti Classico, que pode ser “cortada” com outras 49 variedades tintas. Novas regulações permitem até 20% de uvas estrangeiras como Merlot, Syrah e Cabernet Sauvignon. Mas nem sempre foi assim. Durante muito tempo, as brancas Malvasia e Trebbiano eram as mais comuns no corte.

Ocorre que nos anos 1960, a região entrou em crise com mudanças no sistema de agricultura, o que levou ao êxodo de mão-de-obra especializada e à decadência de muitas vinícolas, que passaram a produzir vinhos com preocupação na quantidade e não na qualidade.

A virada ocorreu com a chegada dos Supertoscanos, vinhos que fugiam às regras ao usar uvas estrangeiras e não tinham o direito de usar o nome da região no rótulo, sendo apenas “vinho de mesa”. (O mais celebre deles, criado por Giacomo Tachis, é o Sassicaia.) Era uma situação demasiadamente embaraçosa para o consórcio dos vinhos da região perder a preferência do público para vinhos não-regulamentados e com menos tradição.

Nos anos 1980, a associação dos produtores finalmente entendeu que era preciso melhorar práticas de viticultura e os vinhedos em si para melhorar a qualidade dos vinhos. Começaram a estudar clones, performance em cada altitude, composição do solo entre outros detalhes, o que levou a uma melhora considerável de qualidade.

Em 1996, a região recebeu o DOCG, passou a ser chamada de Chianti Classico e passou a operar nas regras que hoje conhecemos: de 80% a 100% de Sangiovese e até 20% de outras uvas tintas.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

segunda-feira, 18 de julho de 2016

BORDEAUX ou BORGONHA


Borgonha:


Bordeaux:



Conforme Manuel Beato:

"Vinhos de Bordeaux têm estrutura mais fechada, precisam de mais anos para desenvolver sua grandesa. Os de Borgonha seduzem com menos tempo, são mais delicados. Se usasse uma analogia musical, eu diria que Bordeaux é Beethoven, Borgonha é Mozart."


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quarta-feira, 13 de julho de 2016

Degustação Mistral - 12/07 - Paul Hobbs


Ontem aconteceu uma degustação da Mistral no Rubayat. Lá degustamos vinhos do talentoso Paul Hobbs, enólogo americano. 

Para quem acompanha de perto o mundo do vinho, o nome de Paul Hobbs dispensa apresentações. Enólogo experiente, traz no currículo marcas invejáveis como a mítica nota 100 de Robert Parker e lugar cativo na lista dos melhores vinhos do mundo da Wine Spectator. Um dos pioneiros na vinificação de vinhos com uvas de vinhedo único, Paul Hobbs produz verdadeiros ícones da Califórnia — vinhos de classe mundial, exuberantes e poderosos. Seus tintos e brancos mostram impressionante finesse e elegância, em um estilo tão característico que não deixa de lembrar certos vinhos de Angelo Gaja. Seus maravilhosos Cabernet Sauvignon, Pinot Noir e Chardonnay de vinhedo são todos vinhos fantásticos, de minúscula produção, disputados por filas de enófilos e colecionadores em seu país de origem.



Segue a lista dos vinhos:

1- Crocus Atelier 2012



Esta cativante criação de Paul Hobbs é elaborada com uvas de 3 terroir distintos que resultam em um vinho suculento e mineral. As uvas Malbec vem de vinhedos de até 40 anos de idade, cultivados com o mínimo intervencionismo e agricultura sustentável. Para manter o caráter cheio de fruta, o vinho é maturado em fordes de 5000 litros. Uma grande descoberta para admiradores da casta Malbec.

2- Crocus Prestige 2011



Com uma produção de pouco mais de 1.200 caixas, O Crocus Prestige mostra que a casta Malbec consegue originar vinhos de classe mundial - encorpados, ricos e repletos de notas de frutas negras - em sua região de origem. Paul Hobbs selecionou lotes de 3 vinhedos de agricultura sustentável nos melhores terroir de Cahors para conseguir um vinho elegante e de rara complexidade. Maturado 18 meses em barricas de carvalho francês (50% novas), combina potência e longevidade com um notável caráter varietal.

3- Crocus Grand Vin 2011



Com uma minúscula produção de apenas 300 caixas, o "Grand Vin" mostram o patamar que a casta Malbec pode alcançar. Elaborado a quatro mãos por dois dos melhores especialistas de casta de todo mundo - Paul Hobbs e Bertrand Vigouroux - é um vinho de incrível complexidade, capaz de competir com os melhores vinhos do mundo. Elaborado co uvas de vinhedos de baixíssimo rendimento, é maturado 24 meses em barricas novas Taransauld e da cultuada tonelaria Darnajou. Combina a textura cremosa, típica da casta, com grande complexidade. Uma verdadeira referência para a Malbec e para os vinhos de Cahors.

4- Paul Hobbs Chardonnay Russian River Valley 2009



Elaborado com uvas selecionadas alguns dos melhores vinhedos de Russian River, este impressionante Chardonnay combina uma notável riqueza aromática com uma profunda mineralizada, em um conjunto exuberante e muito equilibrado, que mereceu a classificação "outstanding" de Robert Parker na safra de 2009, que descreveu o vinho como "maravilhoso".

5- Crossbarn Pinot Noir Sonoma Coast 2011



O Pinot Noir da linha Cross Barn de Paul Hobbs é elaborado a partir de uma seleção rigorosa de vinhos de vinhedo único de Sonoma Coast. Tanta-se de um vinho "fresco e vibrante, repleto de energia e finesse" nas palavras de Roberto Parker. Uma bela introdução aos cultuados Pinot Noir de Paul Hobbs.

6- Paul Hobbs Pinot Noir Russian River Valley 2012



Apontado por Robert Parker como "um fantástico exemplo da seleção de vinhedos e vinificação meticulosa de Paul Hobbs", o Pinot Noit Russian River, elaborado principalmente com o clone Calera de Pinot Noir, mostra grande caráter varietal sem abrir mão da opulência dos melhores Pinot Noir californianos. O vinho mereceu 91 pontos de Parker na safra 2012.

7- Paul Hobbs Pinot Noir Lindsay Vineyard Russian River 2012



"Soberbo"para Robert Parker, o Pinot Noir Lindsay Vineyard "mostra os clássicos aromas de um Côte de Nuits" da Borgonha. Este cultuado Pinot Noir de vinhedo único é uma das estrelas do impressionante portfolio de Paul Hobbs. Um grande tinto, de classe mundial.

8- Crossbarn Cabernet Sauvignon Napa Valley 2012



A linha Cross Barn é elaborada com um corte de diversos vinhos de vinhedo único, desclassificados pelo rigorosíssimo processo de produção de Paul Hobbs. São melhores que a maioria dos vinhos principais de outras vinícolas, oferecendo ótima estrutura e complexidade, combinando as qualidades de diversos vinhedos excepcionais. O Cross Barn Cabernet Sauvignon é maturado 18 meses em barricas de carvalho e mostra classe e complexidade por um bom preço bastante atrativo.

Foi uma degustação com ótimos vinhos e uma bela experiência, pois quem deu a palestra foi o próprio Paul Hobbs. Adoramos!!!

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segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Vinhos e Queijos


Você sabe qual queijo que combina com o vinho que toma??
Não tem nada melhor do que saborear uma taça de vinho com um delicioso queijo!!


quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Dez verdades e mentiras que os amantes de vinhos repetem



A colunista de vinhos do periódico americano The Wall Street Journal, Lettie Teague, escreveu recentemente sobre as verdades e mentiras que os amantes do vinho vivem repetindo por aí. Em seu texto, ela afirma que algumas opiniões são ditas com tanta frequencia que com o tempo terminam parecendo verdades. E no mundo do vinho não é diferente. Por isso ela escolheu as dez frases mais marcantes sobre o assunto e resolveu consultar profissionais da área para saber se elas são verdade ou mito. Em algumas delas, a jornalista dá o seu próprio veredito. Confira:

1. O mais caro é o melhor

Lettie afirma que nunca acreditou nessa máxima e revela já tomou vinhos “de primeira qualidade” que custam US$ 25 a garrafa e outros até mais baratos. Um dos especialistas entrevistados afirmou que os comerciantes de vinho é que são responsáveis por essa ideia. “Ou você pode ser conduzido pelo ego do produtor”, completou.

2. O vinho se faz no vinhedo

“Este provérbio se tornou o favorito de aparentemente todos os produtores de vinho do mundo”, diz Lettie. Um dos entrevistados disse que um enólogo pode arruinar anos de viticultura se não tomar boas decisões na vinícola. “Erros podem incluir uma temperatura de fermentação inadequada ou sufocamento de boas frutas com muito carvalho”. Então, para ela, talvez seja melhor dizer: "Um bom vinho começa em um bom vinhedo".

3.  Não importam as pontuações e os críticos de vinhos

Para um dos entrevistados, as marcas são o que motivam as pessoas a comprar o vinho. “Pontuações realmente não vendem vinho", observou. Já outro acredita que em um mercado tão competitivo, os resultados são mais importantes do que nunca. A jornalista chegou então à conclusão que as pontuações só importam quando os vinhos conquistam mais de 90 pontos.

4. Os produtores fazem vinhos para os críticos

Bebedores de vinho não são os únicos que procuram altas pontuações. Diz-se que aqueles que fazem também. Os enólogos (aparentemente) decifraram os paladares de críticos influentes e produzem vinhos que eles gostam. Ficção ou realidade? “Há um oceano de marcas de massa que não procuram opiniões e avaliações. E, em última análise, tentar agradar os críticos traz muito poucos resultados. Na verdade, apenas uma ínfima quantia de vinhos do mundo são classificados pelos críticos”, diz ela.

5. Os vinhos com alto teor alcoólico não são bons

Um determinado grupo de bebedores de vinho, amadores e profissionais, desqualifica vinhos com níveis elevados de álcool (superior a 14%). Na opinião da colunista, este grupo é composto principalmente por pessoas que escrevem blogs de vinho. No entanto, os fatos não parecem apoiar estes pontos de vista, nem parece importar aos fabricantes de vinho. “O mundo produz e consome uma enorme quantidade de vinho com um teor de álcool bem acima de 14%. Os vinhos com mais álcool provêm de frutas mais maduras, resultado de temperaturas mais quentes. E algumas das melhores safras de Bordeaux têm ocorrido em anos quentes, como a de 1947 ou de 1982”, aponta a colunista.

6. Um grande vinho deve ser de guarda

“Normalmente um vinho caro se transforma ao longo dos anos. Não só suporta a passagem do tempo, mas melhora e se torna mais sutil e complexo. Eu acho que esta ideia é verdade e tem resistido à passagem do tempo”, avalia Lettie.

7. Os vinhos do Velho Mundo são melhores que o do Novo Mundo

Este tema dividiu os entrevistados. Porém, todos eles reconheceram a sensibilidade do Velho Mundo: centenas de anos de tradição, incluindo o envolvimento pessoal com o vinhedo. “Acho que o melhor é um híbrido: a sensibilidade do Velho Mundo combinada com as técnicas inovadoras do Novo Mundo constituem o melhor vinho”, filosofa a autora.

8. Os sommeliers só gostam de vinhos desconhecidos

“Os sommeliers que estão sempre à procura de algo interessante e novo devem lembrar-se de que os seus clientes talvez possam preferir vinhos com os quais já estão familiarizados. Talvez o ditado deva ser alterado para: um mau sommeliers só gosta de vinhos desconhecidos”, observa Lettie.

9. Os bebedores de vinhos tintos são mais sofisticados que os bebedores de vinhos brancos

A ideia de que os bebedores de vinho tinto são entendidos ao invés de meros consumidores manteve-se ao longo de décadas. No entanto, muitos profissionais do vinho discordam. "Se você realmente gosta de vinho", diz um especialista, "é o oposto". O vinho branco oferece uma gama ampla de possibilidades, é mais versátil e mais fácil para tomar sem alimentos. Talvez haja uma percepção machista que o vinho tinto é mais importante e sofisticado, porque é mais masculino. Alguns dos vinhos mundiais mais complexos e atraentes são feitos a partir de uvas brancas (Borgonha, Vouvray, Mosel Riesling e Champagne).

10. O vinho é difícil

“Este é apenas um ditado ou uma reclamação? É sem dúvida uma declaração que eu ouvi muitas vezes. Embora existam muitos guias para idiotas afirmando que o vinho é simples, aprender e conhecer o vinho é um desafio. Ou pelo menos é para aqueles que procuram algo além de uma bebida puramente consumível. O vinho é o estudo de muitos temas simultâneos: história, geologia, cartografia, geografia, política, química e sociologia. Quem afirmar o contrário está deliberadamente minimizando a complexidade do assunto ou está mentindo”, sentencia.